Diagnóstico precoce ajuda a salvar vidas
“O primeiro passo do diagnóstico do câncer colorretal é traçar o histórico médico do paciente para a identificação de possíveis fatores de risco. O exame físico pode incluir palpação do abdômen em busca de anormalidades, como massas ou órgãos aumentados”, aponta Renata D’Alpino, oncologista e co-líder da especialidade de tumores gastrointestinais do Grupo Oncoclínicas.
Depois, o médico pode pedir uma colonoscopia, exame mais usado no rastreamento, e que na avaliação do médico Ricardo Viebig mudou a história do câncer de intestino.
“O exame passou a ser mais acessível, e as pessoas começaram a entender a importância de realizá-lo a partir dos 45 anos de idade. A detecção e a retirada das lesões pré-cancerosas (adenomas) e de lesões tumorais de tamanho reduzido ampliaram o índice de cura e têm evitado cirurgias muito agressivas ou tratamentos debilitantes”, esclarece Viebig, que é diretor técnico do núcleo de motilidade digestiva de neurogastroenterologia do Hospital IGESP (Instituto de Gastroenterologia de São Paulo).
Apesar do avanço, Renata D’Alpino afirma que há muitos tabus que cercam o rastreio preventivo do câncer colorretal, o que contribui para a baixa adesão ao controle precoce da doença mesmo entre pessoas que fazem parte do grupo com risco aumentado.
“Muitas vezes, o tumor só é descoberto tardiamente, diante de sintomas mais severos, como anemia; constipação ou diarreia sem causas aparentes; fraqueza; gases e cólicas abdominais; e emagrecimento. Apesar do sangue nas fezes ser um indício inicial de que algo não vai bem na saúde, muitas pessoas costumam creditar essa ocorrência a outras causas convencionais, como hemorróidas, e acabam postergando a busca por aconselhamento médico e a realização de exames específicos.”
Outros exames que apoiam o diagnóstico e o tratamento são a dosagem de anticorpos específicos (marcadores), tomografia, ressonância magnética, e o Pet Scan (tomografia especial para tumores).